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Por Adilene dos Anjos Santos

São Paulo

Astroscale e a Missão Japonesa de "faxina espacial"

Missão japonesa visa limpar detritos da órbita da Terra.

Braços robóticos para alcançar e capturar lixo espacial — Foto: Astroscale/BBC

A empresa japonesa Astroscale operou um satélite que se aproximou de uma sucata espacial de 15 anos, capturando uma foto de perto. O objeto é um segmento de foguete descartado, medindo cerca de 11 metros por 4 metros e pesando três toneladas. Essa é a primeira vez que a humanidade consegue chegar tão perto de um pedaço tão grande de lixo espacial. A Astroscale está desenvolvendo tecnologia para limpar o espaço, removendo detritos da órbita da Terra. Essa missão visa testar sensores e softwares necessários para operações de aproximação seguras.


Desde o início da era espacial em 1957, milhões de detritos tecnológicos se acumularam na órbita terrestre, desde lascas de tinta, segmentos de foguetes  até o recentemente fotografado pela Astroscale. Esses pedaços de materiais representam um risco significativo de colisão, ameaçando a destruição de satélites em operação que são essenciais para comunicações e monitoramento do planeta. As estruturas são perigosas devido ao seu enorme volume, destacando a urgência da necessidade de soluções para limpar o espaço.


De acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA), atualmente, há cerca de 2.220 corpos de foguetes em órbita ao redor da Terra. A missão da Astroscale, denominada Adras-J (acrônimo em inglês para Remoção Ativa de Detritos da Astroscale-Japão), está em andamento com uma espaçonave lançada em 18 de fevereiro. Desde então, o satélite tem se aproximado da estrutura do foguete H-IIA, como parte dos esforços para testar tecnologias e abordagens para a remoção de detritos espaciais.


A missão Adras-J da Astroscale utilizou câmeras e algoritmos para a fase de aproximação final, com precaução para evitar colisões com o segmento do foguete. A equipe da Astroscale no Reino Unido desenvolveu o sistema terrestre e supervisionou a dinâmica de voo, enquanto as operações foram conduzidas 24 horas por dia pelo Controle da Missão em Tóquio e pela base britânica em Harwell, Inglaterra. Nas próximas semanas, a Adras-J continuará capturando imagens e coletando dados sobre o segmento do foguete. As futuras missões da Astroscale envolverão a utilização de braços robóticos para agarrar seus alvos.

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