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Por Guilherme Henrique Moura Luiz, João Silvino e Giovanni Pimenta

São Paulo

Número de mortos pelos temporais aumenta para 32 no Rio Grande do Sul

Chuvas extremas atingiram quase metade do estado.

Meses após os fortes temporais em setembro de 2023, causando 50 mortes, o Rio Grande do Sul volta a sofrer com as chuvas extremas. As chuvas dos últimos dias atingiram inúmeros municípios gaúchos, e entre as principais consequências, a maior cheia da história do Rio Taquari: 31 metros, sendo que o recorde anterior era de 29,9 metros, registrado no ano de 1941. Houve também o rompimento da barragem 14 de Julho. Até agora, o número de mortos no estado chegou a 32, além de 74 desaparecidos e diversos moradores ilhados ou desabrigados. Segundo os números da Defesa Civil, 235 dos 497 municípios gaúchos foram afetados, com 17 mil pessoas desalojadas, 7165 em abrigos e 56 feridos.


As chuvas desses últimos dias são consequência de uma raríssima combinação: o El Niño e o bloqueio atmosférico responsável pela onda de calor entre o Sudeste e o Centro-Oeste do país, este último impedindo a frente fria de se espalhar pelo país, e concentrando toda a chuva no Rio Grande do Sul, com um volume de chuva até três vezes maior que o esperado, de acordo com Estael Sias, sócia-diretora da MetSul. A própria afirma que o El Niño tem ligação com os eventos, por conta do aquecimento das águas do Oceano Pacífico equatorial, característica deste fenômeno.


Com a previsão de aumento do nível das águas do rio Guaíba nos próximos dias, a Prefeitura de Porto Alegre já iniciou o fechamento das comportas da cidade.


Também está previsto que haja microexplosões no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Esse fato se dá quando uma forte corrente de vento se desprende da nuvem de tempestade em direção ao solo, e o impacto pode causar danos severos, com rajadas de até 100 km/h e risco de novos alagamentos, seguidos por transbordamento de rios e deslizamentos. 


Este fenômeno ocorre devido a grande diferença de temperatura e a mudança no direcionamento dos ventos. Seguindo o relatado do meteorologista Marcelo Schneider, da Inmet, já houve uma microexplosão em Santa Cruz (RS), no último sábado (27).

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