A NotCo, uma foodtech que produz alimentos à base de plantas com o auxílio da inteligência artificial, anunciou recentemente ao mercado a mais nova criação: NotTurtle. O prato, que tradicionalmente é feito com a carne de tartarugas-verdes, propõe reproduzir o sabor, textura e valor nutricional da receita original, e com isso conscientizar as pessoas sobre constante ameaça de extinção do animal.

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Para criar a NotTurtle, o chef peruano, Diego Oka e o líder da equipe de ciência culinária de IA da NotCo, Bernardo Moltedo viajaram para as Ilhas Cayman, onde a caça de tartarugas não é ilegal, para experimentar e aprender a fazer a sopa. Com essas informações, foi possível retornar a NotCo, para trabalhar em conjunto com a equipe culinária da empresa e Giusepe, uma IA que identifica quais plantas poderiam reproduzir com precisão as características da carne de tartaruga. 

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Giusepe analisou mais de 300 mil plantas e 260 trilhões de possibilidades diferentes, reduzindo a 8 receitas que replicavam a textura, sabor e a estrutura molecular da carne de tartaruga. Segundo Diego, "a coisa mais importante que Giusepe nos deu foi a textura, gelatina, proteína e a gordura, que só encontraria no prato original". 

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O prato foi bem recebido pelos consumidores habituais da sopa de tartaruga, que afirmaram que a versão vegetariana é indistinguível da original. Embora seja um prato tradicional em algumas culturas latinas e asiáticas, a exploração desses animais é proibida na maioria dos países, pelo  declínio acentuado da população de tartarugas-verdes, estando entre as espécies ameaçadas de extinção listadas pela União Internacional para a Conservação da Natureza.