O ato de 1º de maio, promovido pelas centrais sindicais no estacionamento da Neo Química Arena, contou com a presença do presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva. Durante o encontro, Lula discursou sobre a isenção de impostos de renda para quem ganha até dois salários mínimos, defendeu resultados do governo e ainda pediu ao público votos para Guilherme Boulos, pré-candidato à prefeitura de São Paulo. No entanto, o que mais chamou a atenção foi a ausência de pessoas em um evento sempre cheio.

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Segundo o monitor da USP, o ato teve cerca de 1.635 participantes, contudo, o levantamento tem uma margem de erro de 12% e pode ter uma diferença de 196 pessoas para mais ou para menos. Os pesquisadores utilizaram um software que levantou o número de participantes por meio de fotos aéreas. A contagem foi feita no auge do ato, minutos antes do discurso do presidente. Lula se mostrou abalado com o baixíssimo público presente no local e afirmou que o evento foi “mal convocado”. 

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Em conversa com o Ministro da Secretaria - Geral da Presidência, Márcio Macedo, que era responsável pela organização do movimento social, Lula afirmou que não foi feito o esforço necessário para levar a quantidade de pessoas que era preciso levar.  O ato foi aderido pelo governo de última hora, apenas no dia 30 de abril, e passou a exigir credenciamento da imprensa. De acordo com o ministro, ná é da responsabilidade do governo a organização de atos em datas comemorativas. Ainda, segundo fontes que trabalham no local, o evento já era de conhecimento das mídias locais que receberam a orientação de não o divulgar.

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Pedidos de votos a Guilherme Boulos

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No evento, Lula fez apelos e pediu votos para o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato à prefeitura de São Paulo. As eleições municipais irão ocorrer no início do mês de outubro e as propagandas eleitorais só poderão ser feitas a partir do dia 16 de agosto. Lula disse que quem votou nele tem de votar em Boulos, com quem dividiu o palco  durante o ato. A justiça eleitoral exigiu que o vídeo no qual o pedido é feito fosse retirado do Youtube, pois se configura como crime eleitoral.

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Em nota, o MDB, partido do atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, disse que o advogado do partido irá promover medidas cabíveis, buscando uma multa para ambos sobre o episódio. Segundo a nota, houve “propaganda eleitoral antecipada, uma vez que houve pedido expresso de votos.”